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Insônia

Insônia

Os egípcios comparavam o fato de estar deitado em uma cama sem conseguir dormir com um inferno vivo”. A cada noite, milhares de homens e mulheres transitam por este reino de silencioso sofrimento e um em cada três adultos não consegue dominar seu cansaço e obter um descanso reparador. A insônia é o termo mais utilizado para descrever um problema relacionado com o sono, podendo ser classificada em três categorias: Transitória: É a mais comum e geralmente manifesta-se em qualquer pessoa em momentos que antecedem um evento importante, como: um exame, uma entrevista de trabalho ou a final de um campeonato. De curto prazo: É a insônia que persiste durante várias semanas e nasce de uma situação de estresse ou de crise, tal como a doença de um membro da família ou a perda do emprego. De longo prazo: Denomina-se crônica e pode trazer sofrimento por meses e às vezes por anos. Em todas as suas manifestações, a insônia envolve a pessoa em um círculo vicioso; sente-se muito preocupada por não poder dormir e não dorme porque está muito preocupada. Em três categorias, a insônia pode ser tratada e curada. Não é aconselhável a automedicação. E se a insônia supera a categoria de curto prazo, aconselha-se analisar a situação com um médico. A cama é lugar para dormir. Algumas medidas simples são capazes de tornar o quarto um ambiente convidativo para o bem-dormir e afastar substâncias e atitudes estimulantes. É o que os médicos chamam de higiene do sono e de controle de estímulos. Evite assistir televisão no quarto. Ainda melhor é levar o aparelho para a sala. A luminosidade da tela é acusada de instigar a insônia em algumas pessoas. Uma pesquisa concluída em junho na Universidade de Akita, no Japão, iluminou ainda mais a questão. Os médicos de lá descobriram que estudantes que jogavam videogame à noite tinham níveis menores de melatonina, o hormônio que induz ao sono. No Japão, segundo um outro estudo recente, 53,7% dos usuários da Internet passaram a dormir mais tarde e 45% deles tiveram menos horas de sono. Sete homens jovens, com uma média de 24,7 anos, para testar a relação entre luminosidade dos jogos eletrônicos e a dificuldade de pegar no sono. O resultado, em resumo, aponta que jogar videogame em telas brilhantes suprime as alterações noturnas da concentração de melatonina e de outros indicadores do relógio biológico dos seres humanos. O alongamento antes de dormir deveria fazer parte da rotina de todos, pois atua diretamente nos músculos, deixando-os relaxados. A sensação de desconforto e as dores provocadas pela tensão muscular dificultam o sono. Se ainda estiver difícil pregar o olho, mesmo depois de tantas dicas, não há outra saída: saia da cama e vá fazer algo relaxante. Volte para lá apenas quando estiver sonolento, pois passar muito tempo acordado no leito, tentando dormir, não ajuda nada. Outra atitude, digamos, sonoterapêutica é manter uma rotina regular, com horários certos para comer, tomar remédios ou praticar qualquer tipo de atividade. Métodos como a reflexologia, que trata-se de uma massagem nos pés utilizando o toque para fazer com que o organismo volte ao seu estado natural de equilíbrio e relaxamento. A massagem pode contribuir para afastar os distúrbios do sono, pois ajuda a amenizar o estresse. Também realizaram um estudo sobre técnicas de relaxamento e ansiedade, onde foram utilizados exercícios respiratórios da pranayama, a linha indiana da ioga. Percebeu-se que depois de três meses de treinamento o grupo observado teve uma redução no nível de ansiedade de 50,7 para 38,3, de acordo com um teste específico de mensuração, o Idate. Indicar exercícios físicos ajuda a melhorar a qualidade do sono, mas fazemos uma advertência importante: evite essas atividades próximas ao horário de dormir. Para aqueles que não costumam praticar esportes, os treinos noturnos fortes podem causar insônia. O exercício provoca a liberação das cotecolaminas, como a noradrenalina, dopamina e adrenalina. São estimulantes que dificultam o adormecer. Os músculos não acostumados com esforço podem chegar ao estágio de fadiga, o que é sinônimo de dor e desconforto. Quanto maior a temperatura corporal, menor é a produção e a liberação da melatonina, hormônio que ajuda na indução do sono.
1/3 da humanidade tem tendência à insônia. É como se todos os habitantes desta área iluminada do globo fossem propensos ao distúrbio. O sexo feminino é o que mais sofre com o problema: 42,3% sofrem de insônia. Poucos insones se tratam: 69% nunca discutiram o problema com um médico; 26% tocam no assunto quando vão ao médico por outra razão; 5% foram ao médico para isso. Dos que sofrem de insônia: 25% têm dificuldade de iniciar o sono; 36% têm dificuldade de manter o sono; 24% sofrem de um despertar precoce; 40% despertam cansados.

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